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quinta-feira, 1 de novembro de 2012

"Don't fly away!"

Às vezes ela ficava pensando que estaria fazendo as coisas certas, mas de repente saia tudo errado. Nada do que ela tinha imaginado. Pensava que talvez, seria melhor não imaginar, não prever, não criar expectativas sobre nada. Talvez assim, conseguisse se surpreender com as coisas boas e não se decepcionar com aquilo que saiu fora do planejado. Talvez esse fosse o segredo.
 "Eu deveria ouvir mais, falar de menos. E quem sabe assim, magoar menos as pessoas que tanto amo.", dizia ela.
Se havia uma coisa nesse mundo que ela não suportava, era ver que tinha deixado alguém triste, muitas vezes sem querer.Ela imaginava essas pessoas que amava como pequenas e adoráveis andorinhas que estão sempre ali cantando e alegrando-a.
Sem querer, com alguma atitude mais precipitada, ela as espantava. E aos poucos, elas iam voando, voando... para bem longe. Algumas eram persistentes, continuavam ao seu lado. 
Sabia que a única coisa que poeria fazer era cultivar seu jardim, ser mais agradável, menos pessimista e negativa, para que essas que restaram, não fossem embora.
"Meu pedido é que não vão embora. Que fiquem comigo e eu me esforçarei de todo meu coração pra ser alguém melhor e plantar mais flores coloridas em meu jardim. Por favor, não desistam ainda, não desistam de mim!", dizia.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

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Fico me perguntando porque muitas vezes na vida, as pessoas boas sofrem tanto? Por que são elas as primeiras a serem atingidas? O mundo parece ser tão injusto. Às vezes nós não entendemos porque algumas coisas acontecem.
De repente, a vida daqueles que sempre praticaram o bem é invadida por uma tempestade com direito a trovões e vendavais, com nuvens escuras e carregadas. E assim, sem entender, sem dar tempo de se prevenir ou se proteger.
Nós realmente não entendemos e acho que nem nunca iremos entender algumas coisas. Afinal, quando se acredita em Deus, sabemos que Ele escreve certo por linhas tortas. E por mais tortas e sinuosas que sejam essas linhas, esses caminhos que Deus nos mostra, sabemos que o sol vai voltar a brilhar. Sabemos que as flores voltarão a nascer.
Com o tempo, aprenderemos com tudo o que vivemos.
Para aqueles bons amigos que já se foram, guardaremos as melhores lembranças, os melhores sorrisos e risadas. As histórias contadas, as emoções vividas. "Pois as coisas findas, muito mais que lindas, estas ficarão."




Em memória ao tio Marcos Jeremias, pai de uma amiga querida. 
"Os justos brilharão com o sol, no Reino de Deus" (Mt 13, 43)
Descanse em paz!

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Porque o que é verdadeiro, nunca se vai.

O céu vai se abrir, o sol brilhará e as andorinhas vão voar.
Tudo vai melhorar. A tempestade vai passar, um novo dia virá. Você vai conhecer outras pessoas e se encantará por elas. Pode até ser que você se apaixone por alguma delas.
Você sentirá o vento soprando em seu rosto e vai perceber que pode ser um vento de mudança, que trará coisas boas. E de fato, acontecerão coisas boas que te deixarão feliz.
Você vai sentir medo. E vai sentir também o medo das coisas começarem a dar errado, justamente por elas estarem dando tão certo.
Terá melhores momentos, fará as melhores e mais inesquecíveis viagens, frequentará os mais incríveis lugares e sentirá que não precisa de mais nada pois ao seu lado, estão os melhores amigos do mundo.
Com o tempo você vai criar confiança nessas pessoas. Contará os segredos mais secretos, dividirá as mais fortes emoções e não sentirá medo de ser decepcionado. Aliás, isso nem vai passar pela sua cabeça.
E então, acontece algo. Você não entende, sente raiva, se decepciona muito, deseja estar em outro lugar. Justamente quando você mais precisava, pode ser que essas pessoas tenham te deixado na mão. Justamente no momento de fraqueza, você não viu aqueles com quem sempre achou que poderia contar.
O tempo fecha, as nuvens brancas ficam cinzentas e a tempestade recomeça.
Mas preste atenção. Se você olhar bem, verá algumas poucas pessoas ao seu lado. Que nunca saíram de perto de você.
Era só um tempo ruim, acontece isso na vida de todos. Vem pra mostrar o que é verdadeiro.
Então, logo o céu vai se abrir, o sol brilhará e as andorinhas vão voar.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

O breve começo de uma história proibida

Ela estava começando a ficar apaixonada. Era um fato. O jeito como ele mexia com os sentimentos dela e o jeito que ela ficava quando ele se lembrava dela, seja por uma mensagem ou por simplesmente perguntar como estava.
Eles pensavam igual. Tinham praticamente a mesma filosofia de vida, sempre se preocupando com as pequenas causas. Eles tinham muito em comum. Ela, então, percebeu que poderia voltar a sentir aquilo novamente. Que ainda estava viva. Ele a fazia sentir-se viva. Ela percebeu que poderia recomeçar. E reaprender a amar.
Ela gostava dele, porque ele se importava com ela, de uma certa forma. Mas ela sabia que mesmo ele passando a gostar dela, ele não tentaria nenhuma relação mais próxima. Tudo por fidelidade a um amigo. mas no fundo, ele também sentia a mesma coisa. Só faltava se render.
Ela não podia fazer mais nada além de guardar esse sentimento pra si, já que se falasse o que sentia, não adiantaria em nada.
É, se ela pudesse voltar no tempo, talvez tivesse feito escolhas diferentes. Toda escolha acarretaria em alguma consequencia. Se tivesse trilhado caminhos distintos, será que ela o teria conhecido? Não se sabe.
Os dois tinham química. Uma chama ardente que permanecia acesa de um certo modo inexplicável. Uma chama que corria dentro do pulsar de cada veia. Queriam pertencer um ao outro. Era uma conexão sem fim. E disso os dois sabiam. Sabiam também que um dia viveriam esse sentimento, que a hora dos dois um dia chegaria. Por mais que estivessem separados pela distancia física, existia algo que os mantinha conectados.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Eu vejo

Eu vejo um mundo sem cor, pessoas sem rostos, olhares sem brilho, passos marcados, caminhos trilhados.
Eu vejo prédios, casas, carros, ruas... Vejo o vai-e-vem de trabalhadores que mais parecem robôs programados.
Vejo pessoas que parecem zumbis, escravos das drogas da sociedade. Rostos jovens se perdendo em vícios cada vez mais estranhos.
É um mundo cinza. Um mundo frio. Onde ninguém mais pode confiar em ninguém. Pois até confiar em si mesmo pode ser perigoso. Um mundo onde o 'eu' vai sempre falar mais alto.
Eles não estão preocupados com você. Eles só estão interessados em você. Por isso, tenhamos cuidado!
A vida cinzenta, passos programados. Eles querem tomar o seu lugar. Eles vão te humilhar e depois vão pisar em você. Não querem nem saber.
Eu vejo um mundo sem cor, rostos sem sorrisos, sorrisos sem risos.
Passos trilhados. Caminhos marcados.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

without


Ela tinha saudade de coisas que já não pertenciam mais a ela. Coisas que foram tiradas dela de repente. Muito de repente.
Saudade de conversas jogadas fora, das reuniões que faziam, das risadas infinitas e das rodas de violão. Cada acorde tocado agora ela lembrava dos momentos tidos com aquelas pessoas e da velha música que dizia que vida seria melhor no futuro, por cima de um muro.
Pessoas que estiveram alí em grande parte da vida dela. E tudo isso ela não podia mais ter. Por mais que tentasse consertar as coisas, nada seria como antes.
Certo dia – como a maioria dos dias – ela se viu pensando naquelas lembranças, naqueles momentos. Viu então a caixinha de fotos que ficava sob a prateleira de madeira. Abriu a caixa. Tirou todas as fotos e cartas de dentro. Olhou foto por foto. Leu carta por carta. Escorreram lágrimas e mais lágrimas.
Lembranças daquelas pessoas queridas que não se importavam mais com ela. Desejo de estar com elas novamente e viver tudo aquilo mais uma vez. Mas ela não podia.
Tinha jogado tudo isso fora em troca de outras coisas. Coisas essas que não valeram a pena. E ela acabou ficando sem coisa alguma.
No fundo, ela sabia que podia tentar consertar as coisas. No fundo ela queria isso. Mas tinha o medo da rejeição. Medo de perder ainda mais. Medo de não darem valor novamente a isso. Medo. Simplesmente medo. Talvez um pouco de orgulho, mas era principalmente medo de ser rejeitada mais uma vez.
Ela podia ter trilhado outro caminho. Em certo momento de sua vida, ela se viu na possibilidade de poder escolher entre dois caminhos. Ela escolheu um que não valeu tanto a pena como ela imaginava. E acabou perdendo tudo.
O problema era que ela acreditava muito nas pessoas e se importava demais com tudo. Um dia ela achou que era a hora de se importar mais com ela. Achou que fosse a hora dela ser feliz. Abriu mão de coisas em troca da felicidade.
Foi um erro. Felicidade não durou tanto assim. Ela tinha pensado mais nela, pela primeira vez. E nem assim conseguiu. Feriu-se do mesmo jeito. Ela acreditava em muitas coisas. Acreditava que pudessem existir pessoas sinceras. Acreditava em um mundo melhor – pra ela e pra todos. Ela acreditava que o amor realmente pudesse existir. Mas tiraram isso dela também.
Está prestes a se tornar uma pessoa fria. Por mais que tentasse, ela não conseguiria. Era assim por natureza. Sempre se importando até mesmo com quem fez mal a ela. Nada poderia ser feito.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Keep Walking

Quando ninguém acredita em você. É assim que tenho me sentido ultimamente.
Quando você tem dado todas as suas energias possíveis para alcançar um objetivo na vida, mas ninguém coloca fé. Meus olhos inchados e os lençóis encharcados de lágrimas. É como eles estão agora. É o estado como eles vêm ficando faz um tempo.
Todos dizem:' você não vai conseguir, se continuar assim.' Parece que as pessoas tem prazer em ver a derrota de outras. Não deveria ser assim.
Só sei que as forças que me fazem continuar vem de dentro de mim. Algo mais forte, uma voz que diz: 'se você quer, você pode, você consegue.'
E então, o céu se abre e o sol aparece. Vejo que ainda há alguém que torce por mim. Mesmo que eu não saiba. E vem a motivação de continuar nessa luta. Pois sei que no final, tudo isso valerá a pena. Há algo maior que isso tudo.
Enxugo os olhos e coloco os lençóis molhados para secar ao sol. E sigo em frente. Eles acreditando ou não.